Parque fundado por um naturalista sueco no século XIX, dono do maior museu de madeira da América Latina e uma das principais “florestas urbanas” do mundo, conheçam esse importante parque na zona norte de São Paulo.
Fundação e Primeiros Anos
É impossível contar a história desse parque, sem antes começar pela história de seu fundador, o naturalista sueco Albert Löefgren. Tudo começa com sua chegada a São Paulo, onde estudou massivamente á fauna paulista e acabou por chefiar a parte de botânica e meteorologia da Comissão Geográfica e Geológica.
Assumiu a direção do Jardim da Luz em 1886, quando propôs sua transformação para um jardim botânico, projeto que não rendeu pelo pouco espaço do jardim, foi então, 10 anos depois em 1896 que devido a uma desapropriação do Engenho da Pedra Branca, fundou o Horto Florestal de São Paulo, fundando posteriormente a sede do Instituto Florestal do Estado de São Paulo
Em 1900, procurando reverter a devastação causada pela busca de lenha para as ferrovias e a expansão da lavoura de café. O naturalista propõe a policultura com plantas nativas de uso medicinal e industrial, em 1901 o Horto já tinha 90 mil mudas para transplante, ainda pode-se ver os pinheiros-de-brejo plantados em 1896 por ele, no chamado Arboreto Albert Löefgren, pinheiros esse que são a marca do lago menor, onde suas raízes para fora da terra, criaram pequenas ilhas.
Fundação do Museu “Octávio Vecchi” (Museu da Madeira)
Assim como a história do parque começa com a de Löefgren, a história desse museu sofre do mesmo caso. Octávio Vecchi foi um engenheiro agrônomo nascido em Portugal, veio a são paulo e foi nomeado diretor do Horto Florestal de Loreto órgão pertencente a Companhia Paulista de Estrada de Ferro.
Porém em 1927 assumiu o cargo de diretor do já citado Serviço Florestal (atual Instituto Florestal), onde insistia na preservação e reflorestamento de áreas verdes em São Paulo, devido a tanta preocupação, Vecchi inicia um projeto de coleção das espécies arbóreas nativas, que resultaria no Museu da Madeira.
Visita ao Museu da Madeira
O museu conta hoje com o maior acervo de madeiras da América Latina, o acervo é rico em detalhes com entalhes perfeitos, réplicas exatas das sementes e folhas das árvores, encaixes, cavilhas, marchetaria. O público poderá apreciar no acervo: mostruário de sementes, mostruário de madeiras de pranchas entalhadas com o fruto e folha da qual a madeira é originária, móveis e objetos confeccionados com madeiras nativas, ao lado do museu existe o marco do trópico de capricórnio.
Ainda nas proximidades, encontra-se a imagem de São João Gualberto, protetor das florestas do Estado de São Paulo. O museu ainda conta com exposições temporárias, para visitas monitoradas são R$ 3,00 por pessoa, meia para estudantes e crianças abaixo de 8 anos não pagam, horários de Terça à Sexta–feira das 9h às 12h e das 13h30min às 16h30min e Domingo das 10h às 15h30min, por cuidados técnicos em dias chuvosos o Museu não abre.
Para maiores informações:
Tel.: 11 - 2231 8555 - Ramais 2063 e 2053
Trilha do Arboreto
A trilha é um caminho muito belo, onde estão várias árvores que foram plantadas para estudo e análise, a trilha é simples, de 315 metros que com tranquilidade podem ser percorridos por 30 minutos aproximadamente. Durante o percurso é possível avistar árvores como: pinheiro japonês, canela sassapraz, coqueiro cerivá, pau-jacaré, papiá, guapuruvu, pinheiro do paraná, jacarandá e muitas outras.
Brinquedos Abandonados
Se o pedalinho de cisne fornecia um passeio pelo lago menor, a “Chalana” (espécie de balsa) era usada no lago maior, com direito a um guia que explicava tudo sobre a fauna, flora e história do Horto Florestal, e por último, o “Trenzinho da Onça” um trenzinho em forma de onça que andava nos arredores do parque, perfeito para conhecer tudo antes do passeio.
O Horto Florestal nos dias de hoje
Apesar de alguns brinquedos fora de uso, o parque se mantem aberto ao público para visitas, junto com o museu e a sede do Instituto Florestal, um passeio muito recomendável para passeios familiares de todas as idades, especialmente para aqueles que querem simplesmente contato com mata atlântica nativa, em uma das principais florestas urbanas do mundo.
Para visitas:
Rua do Horto, 931 - Horto Florestal (próximo ao Tremembé)
Tel.: (11) 6231- 8555
E-mail: contato@hortoflorestal.com.br
Site: www.hortoflorestal.com.br
Horário: Aberto todos os dias, das 6h às 18h
Entrada Gratuita